Tuesday, November 21, 2006

Vice-versa



As mulheres amam, vice-versa,
os homens amam as mulheres
e pronto;
e em que cemitério nos encontraremos ?
Qual túmulo de amores e desenganos no palco da carne !?!?
À parte, um pouco das mulheres, um pouco dos homens
e pronto.
A fora todos sujeitos às nuvens que passam,
os olhos enganam,
arrastam:
um monte de olhares.
Submetem-se:
ao infinito de perguntas
(mesmo sem nenhuma),
escancaram-se com estranhas vontades
num labirinto de respostas
e se perdem . . .
. . . Caminham indagativos,
esquecem,
enlouquecem,
não se comprometem,
e quando sim, às vezes,
apaixonam-se,
traem,
lambuzam-se,
tocam-se
e acordam . . .
. . . com segurança e certeza trêmula
ainda que intensa e sutil,
amadurecem os enganos,
tornando tudo em acertos:
ora regados de lamentos,
ora amenizados com perdões de cimentos;
Tudo no medo e no desejo:
ainda que regado de beijos,
ainda beijos regados de segredos,
os quereres e outros tempos
e pronto . . .
*
*
*

1 comment:

Bárbara said...

mto bom jogo de palavras, dinamica e grande equilibrio entre realismo e epicismo. Mas sobretudo, realista. Mto bom, amigo. Adorei!